segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PARCEIRO EMBELLEZE.

EMBELLEZE NOSSA NOVA PARCERIA, VENHAM CONHECER E OBTER UMA NOVA PROFISSÃO, ASSIM SERÁS INDEPENDENTE FINANCEIRAMENTE E FELIZ.
EMBELLEZE O FUTURO EM SUAS MÃOS.

Dia das Crianças - Data para receber as doações prolongadas!

Bom Dia!

O dia das Crianças está chegando, e o nosso evento também!

Quero aproveitar e relembrar a todos Alunos UNIESP que este evento depende somente de vocês!

Recebemos algumas doações, porém não muitas!

Será dia 12/10/2013 (Sábado) ás 9:00 - Porém vocês alunos e responsáveis pelo nosso evento devem comparecer aqui as 7:30 para toda organização do evento, para que as 9:00 já esteja tudo organizado e pronto para começar!

Agora para os outros alunos que ainda não trouxeram suas doações, por favor nos encaminhar o que vão trazer e suas quantidades!

ESTAMOS ACEITANDO AS DOAÇÕES ATÉ A VÉSPERA DO EVENTO!

Por favor! Vamos fazer de tudo para que este nosso evento seja único!

- FOCO -



Lista de doações até o presente momento para o dia das crianças 12/10/2013.


Lista de doações até o presente momento para o dia das crianças 12/10/2013.


- 1.000 Bolinhos (Aluna: Viviane Lígia - Curso de Pedagogia)
- 200 Bolas ( Aluna: Versilene Pena - Curso de Gestão Financeira)
- 5.000 Copos Descartáveis e 5.000 Guardanapos ( Alunos: Nádia e mais seu Grupo - Curso de Pedagogia)
- 02 Engradados de Refrigerantes (Coca-Cola e Tubaína) - (Aluno: Nelson Curso de Informática)
- 01 Saco de pirulito ( Doação: Eduardo)

Parabéns Alunos da UNIESP, dos cursos de Informática e Voluntários!

OBS.

AINDA AGUARDAMOS MAIS DOAÇÕES!

ALUNOS DE INGLÊS E INFORMÁTICA!


ALUNOS DE INGLÊS E INFORMÁTICA!


INFORMAMOS QUE O CERTIFICADO DO CURSO SÓ SERÁ VALIDO COM 75% DA PRESENÇA DE VOCÊS EM SALA DE AULA!

PORTANTO NÃO DEIXEM DE PARTICIPAR DAS AULAS!

ATT.
-------------------------------
Comercial.

ALUNOS UNIESP E ASSOCIADOS A ONG (INSTITUTO SOCIAL AFRO BRASILEIRO). BENEFÍCIOS OFERECIDOS AOS ASSOCIADOS AO CUSTO DE R$20,00 MENSAIS.


ALUNOS UNIESP E ASSOCIADOS A ONG (INSTITUTO SOCIAL AFRO BRASILEIRO).
BENEFÍCIOS OFERECIDOS AOS ASSOCIADOS AO CUSTO DE R$20,00 MENSAIS.

1- PARCERIA COM CONVÊNIO MÉDICO VB SAÚDE COM DESCONTO DE ATÉ 50%

2- DR. NILTON DE OLIVEIRA CIRUGIÃO DENTISTA CRO-SP: 17.261 COM DESCONTO DE 30% 

3- Dr. JULIO CESAR SPEHAR PSICANALITA CRP: 06/69582 COM DESCONTO DE 50%

4- INSTITUTO EMBELLEZE FORMAÇÃO PROFISSIONAL 
COM DESCONTO DE 8% 

5- SEATTLE TI SOLUÇÃO PARA INFORMATICA COM DESCONTO DE 10% E FORMATAÇÃO À R$50,00

6- STUDIO K AS MOCINHAS SALÃO DE BELEZA COM DESCONTO DE 10% 

7- PROJETO AEIOU:
1- CURSOS DE INFORMÁTICA (10 MESES) VALOR R$20,00 MENSAIS.
2- CURSO DE INGLÊS 03 ANOS VALOR R$20,00 MENSAIS.
3- CURSO DE ESPANHOL 03 ANOS VALOR R$20,00 MENSAIS.
4- CURSOS PROFISSIONALIZANTE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO MECÂNICO, METROLOGIA E MATEMÁTICA INDUSTRIAL EM 06 MESES NO VALOR DE R$60,00 MENSAIS.
5- INSTALAÇÃO ELÉTRICA E RESIDENCIAL 06 MESES NO VALOR DE R$100,00 MENSAIS.
6- NR-10 EM 2X PARCELAS DE R$145,00 EM 40 HORAS.

8- ORGANIZAÇÃO DE CONTRA PARTIDA SOCIAL PARA OS ALUNOS UNIESP

9- CUIDADO COM A SAÚDE! DIVIRTA-SE EXERCITE E APRENDA DANÇANDO NO TÊNIS CLUBE COM 50% DE DESCONTO NA MATRÍCULA.

10- LAN HOUSE ABERTO A COMUNIDADE COM PREÇOS E ACESSÍVEIS TAMBÉM OFERECIDOS AOS ALUNOS UNIESP PARA AS TRANSCRIÇÕES DAS CONTRA PARTIDAS SOCIAIS.

META:

PRONTO ATENDIMENTO, EDUCAÇÃO, RESPEITO E PROFISSIONALISMO A TODOS QUE NOS PROCURAM!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Parabéns Metalúrgicos

Parabéns Metalúrgicos


   No dia 23/09/2013 houve a solenidade em comemoração aos 80 ano do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá.
   
   O Iab FilipinasINSTITUTO IAB estava presente prestando sua homenagem representado pelo seu Presidente José Gomes e o Coordenador de Cursos Carlos Roberto Lima.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Dia das Crianças - 12/10/2013 - ATENÇÃO ALUNOS UNIESP!


ATENÇÃO!


Caro Alunos!


Nosso evento para o dia das crianças que será dia 12/10/2013 aqui em Santo André ao lado do nosso INSTITUTO IAB está se aproximando e ainda não estamos recebendo ligações e nem as doações que vocês tem que trazer!

Lembre-se que este evento é de total responsabilidade dos Alunos UNIESP!

Att.
------------------------
Comercial!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Novos Parceiros!


INSTITUTO IAB / Iab Filipinas está com mais  três novo parceiros!

-O INSTITUTO EMBELLEZEhttp://www.institutoembelleze.com.br



-STUDIO K ( SALÃO DE BELEZA)
www.studiokasmocinhas.com.br



-SEATTLE TI (INFORMÁTICA)
www.seattle-ti.com.br

OBS.


Venham conhecer todos os nossos benefícios!

Relatório do Seminário Autoestima, Dignidade e Salário


Por diagnósticos médicos 
específicos para a 
população negra


A partir da criação, em 2003, da Secretaria 
Especial de Promoção da Política de 
Igualdade Racial (SEPPIR), que possui status 
de Ministério e está ligada à Presidência da 
República surgiu o Conselho Nacional de 
Saúde que aprovou, por sua vez, a Política 
Nacional de Saúde Integral da População 
Negra, em 2006.
Mesmo assim, como acontece com os 
aparatos de Estado, que burocratizam as boas 
intenções, por causa das pressões urgentes da 
cidadania organizada em torno dos sindicatos 
e dos movimentos negros, a população negra 
no Brasil ainda continua sem apoio para o 
tratamento de doenças típicas de sua 
condição racial.
Situação que é agravada por sua condição 
social de pobreza e analfabetismo funcional, e 
que continua a gerar desinformação que 
mata, como acontece com os casos de 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, 
HIV/AIDS, tuberculose, hanseníase, cancêr de 
colo uterino e de mama, miomas, transtornos 
mentais e a anemia falciforme.
Muitas dessas doenças são verdadeiras 
epidemias modernas que afetam as 
populações em vários estratos sociais e 
regionais do Brasil e do mundo.
Mas a prevenção de grande parte dessas 
epidemias modernas, a exemplo da 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, 
HIV/AIDS, tuberculose, câncer do colo uterino 
e de mamas poderia ser acelerada com 
informações que fossem traduzidas para 
grande parte da população negra que foi 
mantida, desde a escravidão, distante da 
Educação. E, portanto, com sérias dificuldades 
de entender e pressionar o Sistema Único de 
Saúde para lhes repassar informações e 
diagnósticos que salvariam vidas da 
população negra.

Saúde da população negra 
e cidadania


A melhoria da saúde da população negra 
passa, portanto, pelo respeito à cidadania do 
homem e da mulher negra, que continuam 
vítimas da discriminação racial, econômica e 
social.
Por isso, as doenças que mais lhes afetam 
não conseguem sensibilizar os órgãos 
públicos para de fato levar até essa população 
os tratamentos e as iniciativas preventivas que 
lhes protejam as vidas.
É sabido que os negros e negras 
desenvolvem mais hipertensão que os 
brancos. Mas poucos especialistas ousam 
vincular a incidência da doença com a 
condição de escravos trazidos à força, em 
navios negreiros, para as terras brasileiras.
O dr. Décio Mion é médico, especialista em 
pressão arterial. É professor de Nefrologia, 
dirige a Unidade de Hipertensão Arterial do 
Hospital das Clínicas da Universidade São 
Paulo e é um dos que reconhecem que “os 
negros desenvolvem mais hipertensão do que 
os brancos”.
E consegue uma explicação que vincula 
essa condição à escravidão: “Uma das 
hipóteses para justificar esse fato está nas 
condições em que eram trazidos da África 
para a América. Muitos morreram por causa 
das infecções, porque vomitavam e tinham 
diarreia e não conseguiam reter líquido. 
Quem conseguia, sobreviveu. Eram os 
sal-sensíveis", explica o doutor Décio Mion.
E continua: "Desse modo, houve uma 
espécie de seleção natural. Provavelmente, a 
maior parte dos negros que suportou a 
viagem comia sal, retinha líquido, o que 
elevava a pressão, e transmitiu essas 
características aos seus descendentes.”
A origem africana também explicaria a 
anemia falciforme.
Segundo o estudo “Anemia Falciforme, 
origem e disseminação no Brasil”, dos 
especialistas Leandro Batista Madruga, 
Virgínia Santander e Denise Cheavegatti, se 
trata de “uma doença crônica e hereditária, 
podendo ocorrer em qualquer pessoa, com 
incidência maior em algumas etnias, como 
negros provenientes de origem africana”.
Segundo os autores do estudo, estudiosos 
defendem que a anemia falciforme surgiu 
como proteção dos povos africanos contra a 
malária, visto que o protozoário Plasmodium 
falciparum atinge a hemoglobina A. Ao passar 
pela mutação genética, a gênese da 
hemoglobina é alterada formando-se a 
hemoglobina S. Com essa diferenciação 
genética, a malária foi controlada, diminuindo 
substancialmente a mortalidade dos 
africanos, visto que o protozoário da malária 
não infecta a hemoglobina S.
O que era um fator de sobrevivência na 
África foi herdado principalmente pelos 
afrodescendentes como uma condição que 
passa ao largo dos diagnósticos dos médicos 
brasileiros, que em sua maioria, examinam os 
negros com altas doses de preconceito racial e 
que os tratam, quando o fazem, apenas de 
acordo com os parâmetros da medicina 
européia convencional.
Cito esses dois exemplos para chamar a 
atenção das lideranças sindicais, comunitárias 
e políticas aqui presentes para a necessidade 
de nos unirmos em torno de políticas públicas 
de saúde que priorizem o tratamento, a 
informação e os diagnósticos médicos 
específicos para a população negra.
Porque muito mais do que os cuidados 
necessários para as doenças que tipicamente 
afetam homens e mulheres negras também 
somos vítimas da falta de informações e de 
orientações que ajudariam a salvar milhões de 
vidas de diabéticos, hipertensos e de 
mulheres que são vítimas fatais, todos os 
anos, de cânceres de mama e do colo do 
útero.
Sem mencionar o abandono a que é 
mantida a juventude negra, fora dos bancos 
escolares e dos empregos, vítimas 
preferenciais do tráfico de drogas e das 
doenças correlatas como alcoolismo, 
dependência química e HIV/AIDS.Por diagnósticos médicos 
específicos para a 
população negra
A partir da criação, em 2003, da Secretaria 
Especial de Promoção da Política de 
Igualdade Racial (SEPPIR), que possui status 
de Ministério e está ligada à Presidência da 
República surgiu o Conselho Nacional de 
Saúde que aprovou, por sua vez, a Política 
Nacional de Saúde Integral da População 
Negra, em 2006.
Mesmo assim, como acontece com os 
aparatos de Estado, que burocratizam as boas 
intenções, por causa das pressões urgentes da 
cidadania organizada em torno dos sindicatos 
e dos movimentos negros, a população negra 
no Brasil ainda continua sem apoio para o 
tratamento de doenças típicas de sua 
condição racial.
Situação que é agravada por sua condição 
social de pobreza e analfabetismo funcional, e 
que continua a gerar desinformação que 
mata, como acontece com os casos de 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, 
HIV/AIDS, tuberculose, hanseníase, cancêr de 
colo uterino e de mama, miomas, transtornos 
mentais e a anemia falciforme.
Muitas dessas doenças são verdadeiras 
epidemias modernas que afetam as 
populações em vários estratos sociais e 
regionais do Brasil e do mundo.
Mas a prevenção de grande parte dessas 
epidemias modernas, a exemplo da 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, 
HIV/AIDS, tuberculose, câncer do colo uterino 
e de mamas poderia ser acelerada com 
informações que fossem traduzidas para 
grande parte da população negra que foi 
mantida, desde a escravidão, distante da 
Educação. E, portanto, com sérias dificuldades 
de entender e pressionar o Sistema Único de 
Saúde para lhes repassar informações e 
diagnósticos que salvariam vidas da 
população negra.
Saúde da população negra 
e cidadania
A melhoria da saúde da população negra 
passa, portanto, pelo respeito à cidadania do 
homem e da mulher negra, que continuam 
vítimas da discriminação racial, econômica e 
social.
Por isso, as doenças que mais lhes afetam 
não conseguem sensibilizar os órgãos 
públicos para de fato levar até essa população 
os tratamentos e as iniciativas preventivas que 
lhes protejam as vidas.
É sabido que os negros e negras 
desenvolvem mais hipertensão que os 
brancos. Mas poucos especialistas ousam 
vincular a incidência da doença com a 
condição de escravos trazidos à força, em 
navios negreiros, para as terras brasileiras.
O dr. Décio Mion é médico, especialista em 
pressão arterial. É professor de Nefrologia, 
dirige a Unidade de Hipertensão Arterial do 
Hospital das Clínicas da Universidade São 
Paulo e é um dos que reconhecem que “os 
negros desenvolvem mais hipertensão do que 
os brancos”.
E consegue uma explicação que vincula 
essa condição à escravidão: “Uma das 
hipóteses para justificar esse fato está nas 
condições em que eram trazidos da África 
para a América. Muitos morreram por causa 
das infecções, porque vomitavam e tinham 
diarreia e não conseguiam reter líquido. 
Quem conseguia, sobreviveu. Eram os 
sal-sensíveis", explica o doutor Décio Mion.
E continua: "Desse modo, houve uma 
espécie de seleção natural. Provavelmente, a 
maior parte dos negros que suportou a 
viagem comia sal, retinha líquido, o que 
elevava a pressão, e transmitiu essas 
características aos seus descendentes.”
A origem africana também explicaria a 
anemia falciforme.
Segundo o estudo “Anemia Falciforme, 
origem e disseminação no Brasil”, dos 
especialistas Leandro Batista Madruga, 
Virgínia Santander e Denise Cheavegatti, se 
trata de “uma doença crônica e hereditária, 
podendo ocorrer em qualquer pessoa, com 
incidência maior em algumas etnias, como 
negros provenientes de origem africana”.
Segundo os autores do estudo, estudiosos 
defendem que a anemia falciforme surgiu 
como proteção dos povos africanos contra a 
malária, visto que o protozoário Plasmodium 
falciparum atinge a hemoglobina A. Ao passar 
pela mutação genética, a gênese da 
hemoglobina é alterada formando-se a 
hemoglobina S. Com essa diferenciação 
genética, a malária foi controlada, diminuindo 
substancialmente a mortalidade dos 
africanos, visto que o protozoário da malária 
não infecta a hemoglobina S.
O que era um fator de sobrevivência na 
África foi herdado principalmente pelos 
afrodescendentes como uma condição que 
passa ao largo dos diagnósticos dos médicos 
brasileiros, que em sua maioria, examinam os 
negros com altas doses de preconceito racial e 
que os tratam, quando o fazem, apenas de 
acordo com os parâmetros da medicina 
européia convencional.
Cito esses dois exemplos para chamar a 
atenção das lideranças sindicais, comunitárias 
e políticas aqui presentes para a necessidade 
de nos unirmos em torno de políticas públicas 
de saúde que priorizem o tratamento, a 
informação e os diagnósticos médicos 
específicos para a população negra.
Porque muito mais do que os cuidados 
necessários para as doenças que tipicamente 
afetam homens e mulheres negras também 
somos vítimas da falta de informações e de 
orientações que ajudariam a salvar milhões de 
vidas de diabéticos, hipertensos e de 
mulheres que são vítimas fatais, todos os 
anos, de cânceres de mama e do colo do 
útero.
Sem mencionar o abandono a que é 
mantida a juventude negra, fora dos bancos 
escolares e dos empregos, vítimas 
preferenciais do tráfico de drogas e das 
doenças correlatas como alcoolismo, 
dependência química e HIV/AIDS.Por diagnósticos médicos 
específicos para a 
população negra
A partir da criação, em 2003, da Secretaria 
Especial de Promoção da Política de 
Igualdade Racial (SEPPIR), que possui status 
de Ministério e está ligada à Presidência da 
República surgiu o Conselho Nacional de 
Saúde que aprovou, por sua vez, a Política 
Nacional de Saúde Integral da População 
Negra, em 2006.
Mesmo assim, como acontece com os 
aparatos de Estado, que burocratizam as boas 
intenções, por causa das pressões urgentes da 
cidadania organizada em torno dos sindicatos 
e dos movimentos negros, a população negra 
no Brasil ainda continua sem apoio para o 
tratamento de doenças típicas de sua 
condição racial.
Situação que é agravada por sua condição 
social de pobreza e analfabetismo funcional, e 
que continua a gerar desinformação que 
mata, como acontece com os casos de 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, 
HIV/AIDS, tuberculose, hanseníase, cancêr de 
colo uterino e de mama, miomas, transtornos 
mentais e a anemia falciforme.
Muitas dessas doenças são verdadeiras 
epidemias modernas que afetam as 
populações em vários estratos sociais e 
regionais do Brasil e do mundo.
Mas a prevenção de grande parte dessas 
epidemias modernas, a exemplo da 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, 
HIV/AIDS, tuberculose, câncer do colo uterino 
e de mamas poderia ser acelerada com 
informações que fossem traduzidas para 
grande parte da população negra que foi 
mantida, desde a escravidão, distante da 
Educação. E, portanto, com sérias dificuldades 
de entender e pressionar o Sistema Único de 
Saúde para lhes repassar informações e 
diagnósticos que salvariam vidas da 
população negra.
Saúde da população negra 
e cidadania
A melhoria da saúde da população negra 
passa, portanto, pelo respeito à cidadania do 
homem e da mulher negra, que continuam 
vítimas da discriminação racial, econômica e 
social.
Por isso, as doenças que mais lhes afetam 
não conseguem sensibilizar os órgãos 
públicos para de fato levar até essa população 
os tratamentos e as iniciativas preventivas que 
lhes protejam as vidas.
É sabido que os negros e negras 
desenvolvem mais hipertensão que os 
brancos. Mas poucos especialistas ousam 
vincular a incidência da doença com a 
condição de escravos trazidos à força, em 
navios negreiros, para as terras brasileiras.
O dr. Décio Mion é médico, especialista em 
pressão arterial. É professor de Nefrologia, 
dirige a Unidade de Hipertensão Arterial do 
Hospital das Clínicas da Universidade São 
Paulo e é um dos que reconhecem que “os 
negros desenvolvem mais hipertensão do que 
os brancos”.
E consegue uma explicação que vincula 
essa condição à escravidão: “Uma das 
hipóteses para justificar esse fato está nas 
condições em que eram trazidos da África 
para a América. Muitos morreram por causa 
das infecções, porque vomitavam e tinham 
diarreia e não conseguiam reter líquido. 
Quem conseguia, sobreviveu. Eram os 
sal-sensíveis", explica o doutor Décio Mion.
E continua: "Desse modo, houve uma 
espécie de seleção natural. Provavelmente, a 
maior parte dos negros que suportou a 
viagem comia sal, retinha líquido, o que 
elevava a pressão, e transmitiu essas 
características aos seus descendentes.”
A origem africana também explicaria a 
anemia falciforme.
Segundo o estudo “Anemia Falciforme, 
origem e disseminação no Brasil”, dos 
especialistas Leandro Batista Madruga, 
Virgínia Santander e Denise Cheavegatti, se 
trata de “uma doença crônica e hereditária, 
podendo ocorrer em qualquer pessoa, com 
incidência maior em algumas etnias, como 
negros provenientes de origem africana”.
Segundo os autores do estudo, estudiosos 
defendem que a anemia falciforme surgiu 
como proteção dos povos africanos contra a 
malária, visto que o protozoário Plasmodium 
falciparum atinge a hemoglobina A. Ao passar 
pela mutação genética, a gênese da 
hemoglobina é alterada formando-se a 
hemoglobina S. Com essa diferenciação 
genética, a malária foi controlada, diminuindo 
substancialmente a mortalidade dos 
africanos, visto que o protozoário da malária 
não infecta a hemoglobina S.
O que era um fator de sobrevivência na 
África foi herdado principalmente pelos 
afrodescendentes como uma condição que 
passa ao largo dos diagnósticos dos médicos 
brasileiros, que em sua maioria, examinam os 
negros com altas doses de preconceito racial e 
que os tratam, quando o fazem, apenas de 
acordo com os parâmetros da medicina 
européia convencional.
Cito esses dois exemplos para chamar a 
atenção das lideranças sindicais, comunitárias 
e políticas aqui presentes para a necessidade 
de nos unirmos em torno de políticas públicas 
de saúde que priorizem o tratamento, a 
informação e os diagnósticos médicos 
específicos para a população negra.
Porque muito mais do que os cuidados 
necessários para as doenças que tipicamente 
afetam homens e mulheres negras também 
somos vítimas da falta de informações e de 
orientações que ajudariam a salvar milhões de 
vidas de diabéticos, hipertensos e de 
mulheres que são vítimas fatais, todos os 
anos, de cânceres de mama e do colo do 
útero.
Sem mencionar o abandono a que é 
mantida a juventude negra, fora dos bancos 
escolares e dos empregos, vítimas 
preferenciais do tráfico de drogas e das 
doenças correlatas como alcoolismo, 
dependência química e HIV/AIDS.Por diagnósticos médicos 
específicos para a 
população negra
A partir da criação, em 2003, da Secretaria 
Especial de Promoção da Política de 
Igualdade Racial (SEPPIR), que possui status 
de Ministério e está ligada à Presidência da 
República surgiu o Conselho Nacional de 
Saúde que aprovou, por sua vez, a Política 
Nacional de Saúde Integral da População 
Negra, em 2006.
Mesmo assim, como acontece com os 
aparatos de Estado, que burocratizam as boas 
intenções, por causa das pressões urgentes da 
cidadania organizada em torno dos sindicatos 
e dos movimentos negros, a população negra 
no Brasil ainda continua sem apoio para o 
tratamento de doenças típicas de sua 
condição racial.
Situação que é agravada por sua condição 
social de pobreza e analfabetismo funcional, e 
que continua a gerar desinformação que 
mata, como acontece com os casos de 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, 
HIV/AIDS, tuberculose, hanseníase, cancêr de 
colo uterino e de mama, miomas, transtornos 
mentais e a anemia falciforme.
Muitas dessas doenças são verdadeiras 
epidemias modernas que afetam as 
populações em vários estratos sociais e 
regionais do Brasil e do mundo.
Mas a prevenção de grande parte dessas 
epidemias modernas, a exemplo da 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, 
HIV/AIDS, tuberculose, câncer do colo uterino 
e de mamas poderia ser acelerada com 
informações que fossem traduzidas para 
grande parte da população negra que foi 
mantida, desde a escravidão, distante da 
Educação. E, portanto, com sérias dificuldades 
de entender e pressionar o Sistema Único de 
Saúde para lhes repassar informações e 
diagnósticos que salvariam vidas da 
população negra.
Saúde da população negra 
e cidadania
A melhoria da saúde da população negra 
passa, portanto, pelo respeito à cidadania do 
homem e da mulher negra, que continuam 
vítimas da discriminação racial, econômica e 
social.
Por isso, as doenças que mais lhes afetam 
não conseguem sensibilizar os órgãos 
públicos para de fato levar até essa população 
os tratamentos e as iniciativas preventivas que 
lhes protejam as vidas.
É sabido que os negros e negras 
desenvolvem mais hipertensão que os 
brancos. Mas poucos especialistas ousam 
vincular a incidência da doença com a 
condição de escravos trazidos à força, em 
navios negreiros, para as terras brasileiras.
O dr. Décio Mion é médico, especialista em 
pressão arterial. É professor de Nefrologia, 
dirige a Unidade de Hipertensão Arterial do 
Hospital das Clínicas da Universidade São 
Paulo e é um dos que reconhecem que “os 
negros desenvolvem mais hipertensão do que 
os brancos”.
E consegue uma explicação que vincula 
essa condição à escravidão: “Uma das 
hipóteses para justificar esse fato está nas 
condições em que eram trazidos da África 
para a América. Muitos morreram por causa 
das infecções, porque vomitavam e tinham 
diarreia e não conseguiam reter líquido. 
Quem conseguia, sobreviveu. Eram os 
sal-sensíveis", explica o doutor Décio Mion.
E continua: "Desse modo, houve uma 
espécie de seleção natural. Provavelmente, a 
maior parte dos negros que suportou a 
viagem comia sal, retinha líquido, o que 
elevava a pressão, e transmitiu essas 
características aos seus descendentes.”
A origem africana também explicaria a 
anemia falciforme.
Segundo o estudo “Anemia Falciforme, 
origem e disseminação no Brasil”, dos 
especialistas Leandro Batista Madruga, 
Virgínia Santander e Denise Cheavegatti, se 
trata de “uma doença crônica e hereditária, 
podendo ocorrer em qualquer pessoa, com 
incidência maior em algumas etnias, como 
negros provenientes de origem africana”.
Segundo os autores do estudo, estudiosos 
defendem que a anemia falciforme surgiu 
como proteção dos povos africanos contra a 
malária, visto que o protozoário Plasmodium 
falciparum atinge a hemoglobina A. Ao passar 
pela mutação genética, a gênese da 
hemoglobina é alterada formando-se a 
hemoglobina S. Com essa diferenciação 
genética, a malária foi controlada, diminuindo 
substancialmente a mortalidade dos 
africanos, visto que o protozoário da malária 
não infecta a hemoglobina S.
O que era um fator de sobrevivência na 
África foi herdado principalmente pelos 
afrodescendentes como uma condição que 
passa ao largo dos diagnósticos dos médicos 
brasileiros, que em sua maioria, examinam os 
negros com altas doses de preconceito racial e 
que os tratam, quando o fazem, apenas de 
acordo com os parâmetros da medicina 
européia convencional.
Cito esses dois exemplos para chamar a 
atenção das lideranças sindicais, comunitárias 
e políticas aqui presentes para a necessidade 
de nos unirmos em torno de políticas públicas 
de saúde que priorizem o tratamento, a 
informação e os diagnósticos médicos 
específicos para a população negra.
Porque muito mais do que os cuidados 
necessários para as doenças que tipicamente 
afetam homens e mulheres negras também 
somos vítimas da falta de informações e de 
orientações que ajudariam a salvar milhões de 
vidas de diabéticos, hipertensos e de 
mulheres que são vítimas fatais, todos os 
anos, de cânceres de mama e do colo do 
útero.
Sem mencionar o abandono a que é 
mantida a juventude negra, fora dos bancos 
escolares e dos empregos, vítimas 
preferenciais do tráfico de drogas e das 
doenças correlatas como alcoolismo, 
dependência química e HIV/AIDS.